Linha de Sangue | Capítulo 35 | ÚLTIMAS SEMANAS

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|“Esta é uma obra de ficção coletiva baseada na livre criação artística e sem compromisso com a realidade”.

CENA 01. MANSÃO CAMPOS MELO. PORÃO. INTERIOR. NOITE:

Marilda continua apontando a arma pro Tales que sangra muito. Maria levanta.

MARIA – (nervosa) Eu não sei quem é o infiltrado do Victor e ele está morto, Marilda.

MARILDA – Ok. Ok. Ok.

Ela aponta a arma pro chão próximo a cabeça do Tales e atira.

TALES – (grita) Mariaaaa! Conta logo tudo pra ela! Ela vai me matar!

MARIA – (nervosa) Eu conto, mas abaixa essa arma.

MARILDA – Você não está em posição de negociar comigo.

MARIA – (encara o Tales; encara a Marilda) Eu não vou dizer, eu não vou contar pra você. Se quiser matar o Tales, fique a vontade.

Tales encara a Maria.

MARILDA – O que?

MARIA – Isso mesmo que você ouviu, eu não conto!

MARILDA – Ok… eu vou dar mais umas horas pra você e depois eu volto.

Ela sai. Maria encara o Tales.

TALES – Você é maluca!

MARIA – Desculpa, mas eu tive que arriscar. E eu acertei: ela não vai te matar. Ela ainda precisa da gente.

TALES – Agora me ajuda.

Maria rasga um pedaço da camisa dele e põe na perna dele, estancando o sangue.

MARIA – Nós precisamos sair daqui ou você pode morrer.

TALES – É uma ótima coisa pra me dizer.

Ela sorri e caminha até porta. Ela tenta abrir, sem sucesso.

CENA 02. RODOVIARIA. PÁTIO. EXTERIOR. NOITE:

Gael e Tiffany estão lado a a lado, apreensivos. Um ônibus chega e para próximo a eles. Algumas pessoas saem e o Victor está no meio delas.

GAEL – Prazer em conhecê-lo Victor.

VICTOR – Nós já nos vimos.

GAEL – Mas essa é a primeira vez que conversamos.

TIFFANY – Prazer.

VICTOR – O prazer é todo meu… Como funciona agora?

Os três se encaram e saem.

CENA 03. DELEGACIA. CELA. INTERIOR. NOITE:

Laura está deitada na cama de cima e Lúcia na de baixo.

LAURA – Não está na hora da gente voltar a se falar?

LÚCIA – Está.

LAURA – Desculpa por ter feito aquilo, eu realmente não sabia que ele iria tentar matar a Marilda.

LÚCIA – Tudo bem, eu exagerei… e quer saber? Talvez ela merecesse aquilo. Eu não sei, eu sou burra demais.

LAURA – Você não é burra! Só cresceu num lugar onde duas mulheres te protegiam muito e agora você sabe lidar com o mal.

LÚCIA – Eu sei irmã.

LAURA – Posso dormir contigo?

LÚCIA – Pode irmãzinha.

Laura desce e deita com a Lúcia, agarradinhas.

CENA 04. PENSÃO DA DALVA. SALA. INTERIOR. NOITE:

Zeca desce as escadas com o celular no ouvido.

ZECA – Alô.

ANDRÉIA – (off) O que você quer?

ZECA – Ele me convenceu de que você mudou. Estou disposta a tentar, Andréia. Vamos nos encontrar?

ANDRÉIA – (off) O que? É claro. Onde você quer?

ZECA – Naquele nosso restaurante, lembra?

ANDRÉIA – (off) O nosso primeiro encontro e o dia que te disse que estava grávida… e o dia que disse que ia embora.

ZECA – Exatamente esse.

Ele desliga e sorri. CAM mostra o Zequinha olhando a cena da escada.

CENA 05. STOCK-SHOTS. EXTERIOR. NOITE-DIA:

A noite se vai e o dia chega. Pessoas e carros nas ruas de São Paulo.

CENA 06. MANSÃO CAMPOS MELO. PORÃO. INTERIOR. DIA:

Marilda entra levando uma bandeja com dois pães, uma jarra de suco e uma rosa vermelha cheia de espinho.

MARILDA – Bom dia queridos amigos.

MARIA – Olha bem pro Tales, olha bem o que você fez!

CAM mostra o Tales, desmaiado, e todo encolhido.

MARIA – Ele está morrendo, ele precisa de um médico. Por favor, Marilda.

MARILDA – Me fala quem é o infiltrado.

MARIA – Chama um médico e eu falo.

MARILDA – Sinto muito em te dizer que ele vai morrer então.

Marilda sai. Maria abraça o Tales e o beija.

CENA 07. DELEGACIA. CORREDOR. INTERIOR. DIA:

Laura e Lúcia estão dormindo juntas. Gael, Tiffany e Victor entram no corredor e a acordam.

GAEL – Finalmente vocês param de palhaçada e voltaram a se falar. Eu fico feliz por vocês.

LAURA – Bom dia.

LÚCIA – Bom dia.

TIFFANY – Viemos falar com o delegado.

LAURA – Bem na hora, eles iam nos transferiam pro presidio amanhã.

TIFFANY – Eu sei… enfim, vamos?

Os dois homens concordam e saem na frente. Tiffany vai atrás.

CENA 08. PENSÃO DA DALVA. SALA. INTERIOR. DIA:

Imaculada está sentada na sala, tricotando. Zequinha ao seu lado.

IMACULADA – Está ficando bom?

ZEQUINHA – O que é dessa vez?

IMACULADA – Uma roupinha de bebê.

ZEQUINHA – Porque você não vende essas coisas?

IMACULADA – Porque são pra guardar, é pra vocês se lembrarem de mim quando eu partir.

ZEQUINHA – Não diz isso, por favor.

Ela olha pro nada e deixa a lã e a agulha cair no chão. Zequinha a encara.

IMACULADA – Eu senti uma coisa estranha.

ZEQUINHA – Que coisa?

IMACULADA – Eu senti a morte… alguém vai morrer, Zequinha.

ZEQUINHA – Quem?

IMACULADA – Eu não sei.

Eles se encaram.

CENA 09. MANSÃO CAMPOS MELO. SUÍTE PRINCIPAL. INTERIOR. DIA:

Marilda sai do banheiro enrolada na toalha, cantarolando. Ela para em frente ao espelho e sorri.

MARILDA – O que você está fazendo com o Tales? Você gostava dele… gostava muito dele… mas você esqueceu isso.

Ela limpa o rosto e se encara.

MARILDA – Foda-se eles. O que importa é que você precisa descobrir quem é o infiltrado… você precisa destruir o Victor.

Ela sorri e depois gargalha.

CENA 10. DELEGACIA. SALA DO DELEGADO. INTERIOR. DIA:

O Victor e o delegado estão frente a frente.

DELEGADO – O que você tem a me dizer Xerife?

VICTOR – Tudo o que eu sei sobre a Marilda e como ela é perigosa.

FIM DO CAPÍTULO

| Linha de Sangue – Seg à Sex – 21h15 

18s17s

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