Linha de Sangue | Capítulo 19

Linha de Sangue_AATV

|“Esta é uma obra de ficção coletiva baseada na livre criação artística e sem compromisso com a realidade”.

CENA 01. MANSÃO CAMPOS MELO. SUÍTE DA MARILDA. INTERIOR. NOITE:

Marilda entra no quarto e se joga na cama. O seu celular toca e ela atende.

MARILDA – Alô.

X. VICTOR – (off) Alô Marilda… Quanto tempo faz, querida?

MARILDA – (nervosa) O que você quer Victor?

X. VICTOR – (off) Não é obvio? Eu quero vingança pela morte da minha esposa! (pausa) Você matou a Bianca!

MARILDA – Porque você tinha a prova que iria acabar com tudo… E eu não podia deixar você terminar com o meu sonho de ser rica.

X. VICTOR – (off) Pronto você conseguiu o que queria, agora é a minha vez.

MARILDA – Eu já te impedi duas vezes, não acha que eu consigo impedir de novo?

X. VICTOR – (off) Não dessa vez… A prova que eu tenho não vai destruir só você como também vai destruir a Lúcia e todo o seu império.

MARILDA – (grita) Deixa a Lúcia em paz! Ela não tem nada com isso! Victoooor! Victoooor!

Marilda desliga e taca o celular na parede.

CENA 02. MANSÃO CAMPOS MELO. SUÍTE DA LAURA. INTERIOR. NOITE:

Laura está sentada na cama vendo filma. Ouve-se um grito.

MARILDA – (grita; off) Victoooor! Victoooor!

LAURA – Que merda está acontecendo?

Ela pausa e sai.

CENA 03. MANSÃO CAMPOS MELO. CORREDOR. INTERIOR. NOITE:

Laura sai do quarto e se encontra com a Maria no corredor. Elas se encaram.

LAURA – Está dormindo aqui toda noite?

MARIA – Um pedido da sua mãe. Volte a dormir, eu vou falar com ela… Deve ter sido um pesadelo.

LAURA – É… Deve ter sido…

Laura volta ao quarto e Maria caminha até o quarto da Marilda.

CENA 04. MANSÃO CAMPOS MELO. SUÍTE DA MARILDA. INTERIOR. NOITE:

Marilda está andando por todos os lados do cômodo. Maria entra e pega no braço dela e a encara.

MARIA – O que aconteceu?

MARILDA – Ele vai ferir a Lúcia… Ele vai ferir a Lúcia… Ele não pode fazer nada com ela!

MARIA – Não sabia que gostava tanto dela.

MARILDA – Eu posso não ser uma boa mãe e nem a mãe verdadeira dela, mas ela é a minha filha e eu não posso deixar ele fazer mal a ela.

MARIA – Nós vamos encontrar um jeito de impedi-lo. Fique calma.

MARILDA – Você promete?

MARIA – Prometo. (pausa) Uma vez minha mãe me disse que a melhor maneira de sair do Inferno é dançando com o Diabo.

MARILDA – (sorri) Você é um gênio!

Marilda beija a testa da Maria e faz um gesto pra ela sair. Maria obedece. Marilda sorri e se joga na cama.

CENA 05. PENSÃO DA DALVA. SUÍTE DA LÚCIA. INTERIOR. NOITE:

Laura está sentada na cama comendo um sanduíche. Batem na porta. Ela levanta e abre, Tales entra.

TALES – Mandou me chamar?

LÚCIA – Sim… Sente-se.

Eles sentam na cama.

LÚCIA – Eu sei que você já sabe da troca, e é por isso que eu confio em você. Os únicos que sabem é você e a Imaculada.

TALES – Eu suspeitava disso, mas do que se trata o assunto?

LÚCIA – Eu preciso descobrir o que está acontecendo com a minha mãe e com a Maria… Elas estão juntas em um plano e eu quero saber qual é.

TALES – Isso é impossível! A Maria nunca se uniria com a Marilda.

LÚCIA – Elas estão unidas sim Tales… E eu quero sabe qual é o plano delas… Eu ainda estou chocada com o falo da minha mãe ser desse jeito, mas eu preciso impedi-la.

TALES – Apesar do meu medo, medo do que ela pode fazer, eu apoio as duas e vou tentar arrancar algo dela sim.

Tales sorri e sai. Lúcia pega o celular e disca os números, e põe no ouvido.

LÚCIA – Acabei de falar com o Tales e ele vai nos ajudar. Alguma novidade?

LAURA – (off) Nada de muito novo… Você conhece um tal de Victor?

LÚCIA – Só um… Um ex-xerife que morava lá do meu bairro, ele era amigo da minha mãe, mas algo aconteceu. Porque?

LAURA – (off) Sua mãe estava chamando por ele. Das duas uma: ou era um sonho ou ela estava falando com ele e a conversa não era amigável.

LÚCIA – Estranho… (pausa) Irmã, eu vou lhe fazer uma pergunta e eu espero que seja sincera: você sente algo pelo Zeca?

LAURA – (off) Não porque?

LÚCIA – Eu estou gostando dele.

LAURA – (off) Então se entregue ao amor.

LÚCIA – Obrigada e tenha uma ótima noite.

Lúcia desliga e sai.

CENA 06. PENSÃO DA DALVA. CORREDOR. INTERIOR. NOITE:

Lúcia sai do quarto e caminha até o quarto do Zeca. Ela bate e ele o Zequinha atende. Ele sorri e a abraça.

ZEQUINHA – (grita) Paaai! Tem visita!

Zequinha sai. Zeca surge e sorri pra Lúcia.

ZECA – Boa noite.

LÚCIA – Boa noite. Tem tempo pra mim?

ZECA – Sempre.

LÚCIA – Ótimo. Eu preciso lhe dizer uma coisa: eu pensei na gente e eu cheguei a conclusão que podemos continuar.

ZECA – Isso quer dizer que estamos namorando? (pausa) Eu é que deveria pedir.

LÚCIA – Isso não foi um pedido, então…

ZECA – Ok. (pega na mão dela) Você aceita namorar comigo?

LÚCIA – É claro que sim.

Eles se beijam e entram no quarto. CAM mostra o Zequinha sorrindo, sentado na escada.

CENA 07. STOCK-SHOTS. EXTERIOR. NOITE-DIA:

Imagens de São Paulo amanhecendo. Pessoas e carros indo e vindo a todo instante.

CENA 08. PENSÃO DA DALVA. SUÍTE PINHEIRO. INTERIOR. DIA:

Zeca sai do banho enrolado na toalha e encontra o Zequinha sentado na cama mexendo no celular.

ZEQUINHA – Vocês demoram aqui ontem. Muito papo pra pôr em dia?

ZECA – É… Mais ou menos isso…

ZEQUINHA – A gente pode falar sobre a minha mãe já que está feliz.

ZECA – Você não vai estragar o meu dia falando dela.

ZEQUINHA – Por favor… Eu sei que pediu a minha guarda e eu quero poder falar com o juiz.

ZECA – E o que você quer falar? Que quer me deixar pra ficar com ela? Ela nos deixou!

ZEQUINHA – Eu sei, eu sei… Mas ela voltou! E eu quero conhecê-la, eu quero viver com os dois.

Zequinha deixa o celular na cama e sai batendo porta.

CENA 09. PENSÃO DA DALVA. FUNDOS. INTERIOR. DIA:

Dalva e Imaculada estão estendendo roupas no varal.

IMACULADA – Você deu café da manhã pra ele?

DALVA – Eu dei, mas ele não comeu.

IMACULADA – Onde você dormiu?

DALVA – No quarto do Juliano, ele tá viajando.

IMACULADA – Você sabe que isso é crime?

DALVA – Salvar o meu marido é crime? Eu não sabia.

IMACULADA – Interna ele.

DALVA – É o que eu vou fazer, por mais que me doa, eu vou ter que fazer isso.

Elas se abraçam e Dalva começa a chorar.

CENA 10. HOTEL. SUÍTE. INTERIOR. DIA:

Legenda: HOLAMBRA (SP)

Leandro sai do banheiro nu e começa a pega roupas dentro da mala. Juliano entra e se assusta. Ele tapa os olhos.

JULIANO – Desculpe, desculpe.

LEANDRO – Sem problemas. Eu vou me trocar no banheiro.

JULIANO – (sem graça) Isso é tão desconfortante.

LEANDRO – Nem tanto.

Juliano destapa os olhos e se aproxima. Ele toca no ombro do Leandro que o encara. Juliano o beija e o Leandro hesita.

JULIANO – Desculpa.

Leandro o beija e o Juliano corresponde. Juliano começa a se despir. Eles sentam na cama e o Juliano tira os sapatos. Ele deita na cama e o Leandro começa a beijar o seu torso até a virilha. Ele tira a cueca do Juliano e começa a chupá-lo.

CENA 11. PENSÃO DA DALVA. COZINHA. INTERIOR. DIA:

Zeca está consertando o cano da cozinha e Lúcia chega perto dele. Ela se agacha.

LÚCIA – Bom dia.

ZECA – Bom dia minha namorada.

LÚCIA – Eu preciso te dizer uma coisa: eu não sou a Laura… Eu sou a irmã dela, a Lúcia.

FIM DO CAPÍTULO

| Linha de Sangue – Seg à Sex – 21h15 

18s17s

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